SÃO DOMINGOS SÁVIO
- Enthany
- 31 de ago. de 2017
- 3 min de leitura

São Domingos Sávio nasceu em 2 de abril de 1842, no vilarejo chamado Riva, pertencente a Castelnuovo d'Asti, na Itália. Era um dos três filhos de Carlos Sávio, ferreiro, e Brígida Agagliate, costureira. Uma família simples, mas rica na fé. São Domingos Sávio foi aluno de um mestre muito especial: São João Bosco. Sabe-se hoje que, toda a sua vida, tão curta e intensa, foi uma grande e linda busca pela santidade.
Domingos Sávio foi um jovem cheio de grande sensibilidade, São João Bosco disse em citação que ele era “de boa índole e muito piedoso”. Ele teve uma vida curta, mas sempre traçada em direção à santidade que muitos idosos não conseguiram. Isso foi obra do Espírito de Deus. Pode-se dizer também que foi fruto da maravilhosa pedagogia criada por São João Bosco.
Suas atitudes e devoção chamava a atenção de todos. Ainda quando criança ia à igreja para rezar. Se o templo estivesse fechado, ele simplesmente se ajoelhava de frente a porta e ficava ali em oração até abrirem a igreja. Ele permanecia assim, na neve ou na chuva, no frio ou no calor.
A infância de Domingos Sávio teve uma grande marca: a Primeira Eucaristia. Naquele tempo, ela era feita somente aos doze anos. Mas o pequeno Domingos, a recebeu aos sete anos, cheio de fervor se distinguiu pelo cumprimento de um lema de vida criado por ele mesmo: “Antes morrer que pecar”. Percebia-se facilmente o amadurecimento espiritual do pequeno Domingos nos propósitos por ele mesmo estabelecido quando fez a Primeira Comunhão. Nessa ocasião, ele escreveu seus propósitos conservados até hoje. Veja os escritos de Domingos Sávio:
1) Confessar frequentemente e receber a Eucaristia quando o confessor permitir;
2) Santificar os dias de festa;
3) Serei amigo de Jesus e de Maria;
4) Prefiro morrer que pecar”.
Esses propósitos revelam maturidade na vida espiritual e mostram que, para Deus, a idade é um fator relativo quando se trata amor a Deus e vida virtuosa.
São Domingos Sávio ficava longe dos meninos bagunceiros e só fazia amizade com os de boa índole. Certo dia, alguns colegas de classe encheram com pedras a estufa da sala de aula. Este ato era considerado uma falta grave e sua punição era a expulsar o aluno desobediente. E os colegas acusaram Domingos de ter colocado as pedras. O mestre, que era um padre, mesmo percebendo que domingos não tinha feito aquilo, não tinha escolha diante das “provas” que os colegas forjaram.
O Padre, então, ordenou que ele se ajoelhasse diante de todos os colegas e deu-lhe uma bronca severa. Domingos só não foi expulso da escola porque aquela era a primeira falha que ele cometera. São Domingos Sávio permaneceu com a cabeça baixa diante da classe não abriu a boca. Apenas um dia depois, a verdade veio à tona.
O padre procurou Domingos e perguntou por que ele se calara diante de uma falsa acusação sem se defender. Domingos disse ao padre que precisava imitar o Senhor Jesus. O padre pediu para Domingos explicar melhor. Domingos disse Jesus também tinha sido acusado sem ter culpa e ficou em silêncio, assumindo uma culpa que não era dele.
Domingos ainda disse que se falasse em sua defesa os outros alunos poderiam ser expulsos e ele não queria o mal para seus colegas. O Padre ficou impressionado e fez uma retratação formal de Domingos diante de toda a classe.
Ele não pensava só em si. Várias vezes disse a Dom Bosco: “Quantas almas esperam nosso auxílio na Inglaterra! Oh! Se eu tivesse forças e virtude, quisera ir agora mesmo, e com sermões e bom exemplo, convertê-las todas, a Deus”.
São Domingos Sávio tornou-se conhecido como uma pessoa com dons espirituais especiais e que reconhecia a necessidade das pessoas, bem além do percebido pelo padre comum, e tinha uma habilidade de profetizar.
Tomado pela tuberculose aos quinze anos, voltou à casa dos pais, onde morreu serenamente com a alegria de ir ao encontro do Senhor, exclamando aos pais: “Adeus queridos pais. Estou tendo uma visão linda! Que lindo!”
Domingos Sávio foi beatificado em 1950 e canonizado em 12 de junho de 1954 pelo Papa Pio XII. Ele é o padroeiro das pessoas que sofrem falsas acusações, dos jovens delinquentes e dos cantores do coro da igreja. Sua festa é celebrada no dia 5 de março.
Comments